Delegação da Guiné-Bissau discute método de conciliação com a presidente do STF

Uma delegação de seis juízes e seis promotores da Guiné-Bissau se reuniu nesta quinta-feira (1º) com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para discutir a experiência brasileira com a conciliação e a mediação na resolução de conflitos judiciais. “Queremos usar esse sistema no nosso país para acalmar mais a sociedade e apaziguar os conflitos”, afirmou o magistrado Gássimo Djaló, porta-voz da delegação.

No encontro, a delegação do país africano recebeu informações da presidente do Supremo sobre o método judiciário no Brasil. “Queremos saber as vantagens da conciliação e da mediação. Esse intercâmbio irá nos permitir levar ao nosso país as coisas boas das experiências da Justiça brasileira. Por causa da grande demanda, às vezes os tribunais não conseguem responder em tempo os desejos das pessoas. A desjudicialização pode ajudar nisso”, disse o juiz.

Sobre o tema, a ministra Cármen Lúcia destacou os esforços do Poder Judiciário brasileiro para a desjudicialização, a fim de“resolver os problemas fora do Judiciário, pacificando a sociedade”. Segundo ela, tem sido realizado um trabalho intenso nos serviços de mediação, a exemplo da 10ª Semana da Conciliação, que totalizou 641 mil audiências, com a realização de quase 500 mil acordos, os quais envolveram quase R$ 1,5 bilhão. “É um verdadeiro trabalho de justiça restaurativa”, afirmou a presidente.

A ministra também abordou o momento de mudança global, ressaltando que “a sociedade hoje quer resultados, eficiência”, o que leva o Poder Judiciário a ter de repensar e aprimorar suas funções, especialmente em função da quantidade de processos e do trabalho desenvolvido pelos cerca de 16 mil juízes, disse.

Também estiveram presentes no encontro os magistrados Bacar Sané, Antonieta Cabral do Rosário, Carmelita Djú, Davide Camará e Joaquim António Correia, e os promotores Osvaldo Lacerda Vaz Costa, Francisco Martins Nascimento Lopes, Lilian Muscuta Góia Dansó, Juscelino Degaulle Pereira, Ibna Mário Gomes Pereira e Jorge João Pedro Gomes.

RP/JR
 

Postado originalmente no portal do Supremo Tribunal Federal

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