Presidente do STF discute violência no Brasil com diretor de fundação internacional

O alto número de homicídios no Brasil foi o tema do encontro nesta quinta-feira (24) da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, com o diretor regional da Open Society Foundations na América Latina e Caribe, Pedro Abramovay.

Segundo ele, a fundação, que financia projetos da sociedade civil nas áreas de justiça, direitos humanos, segurança e democracia em todo o mundo, colocou a redução de homicídios como grande prioridade do trabalho da América Latina. “A região é responsável por um terço dos homicídios do mundo, tendo 8% da população mundial. O Brasil é o país com maior número de homicídios em termos absolutos do mundo. Temos que tratar esse assunto como tema de Estado”, afirmou.

Abramovay informou que, no Brasil, 60 mil pessoas são mortas por ano. “Se não tratarmos disso com prioridade, seremos cúmplices de alguma forma dessa tragédia. É inadmissível continuar com esses números. Não conseguiremos reduzir homicídios se não tiver esforço conjunto dos Três Poderes e da sociedade civil. Enquanto tiver cada um indo para um lado, quem se beneficia é o crime organizado e quem sofre mais é a população mais pobre, onde estão concentradas as maiores taxas de homicídio”, destacou.

O diretor regional informou que a fundação irá fazer uma grande campanha na região em 2017, com adesão dos órgãos estatais, para ter metas e ações concretas no combate aos homicídios. “O encontro com a ministra Cármen Lúcia foi um começo de conversa para estudar medidas conjuntas e discutir experiências que deram certo em outros lugares no mundo com o objetivo de unir todos os Poderes do Brasil nessa luta”, afirmou.

De acordo com ele, a presidente do STF e do CNJ disse que o tema é uma prioridade na sua gestão e que os números são realmente impressionantes. “A ministra Cármen Lúcia afirmou que é o momento de receber propostas concretas e que não podemos ficar só na retórica. Ela quer sentar com especialistas para ter brevemente propostas concretas para a redução de homicídios”, relatou.

RP/EH

Postado originalmente no portal do Supremo Tribunal Federal

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